Rádio Web Ferraz

Últimas notícias

Com folga, Renan Calheiros é eleito presidente do Senado

Renan Calheiros, senador (PMDB-AL)
Mais de cinco anos depois de renunciar o cargo, Renan Calheiros volta à presidência do Senado (Minervino Junior/Agência BG Press)
O Senado Federal confirmou nesta sexta-feira sua disposição em manter o velho histórico de corporativismo e elegeu o alagoano Renan Calheiros, do PMDB, para presidir a Casa nos próximos dois anos. Ele derrotou com facilidade o novato Pedro Taques (PDT-MT), por 56 votos a 18. Houve dois votos em branco e duas abstenções.
Pedro Taques havia recebido o apoio de partidos cujas bancadas lhe garantiriam pelo menos 26 votos. Porém, como a votação é secreta, houve o previsível índice de traições - PSDB, DEM, PSB, PSOL e PDT anunciaram apoio a Taques.
Para angariar votos, Renan usou da conhecida habilidade em negociar cargos na Mesa Diretora e promessas de arranjos políticos futuros na Casa. Roberto Requião ganhou a presidência do braço brasileiro do Parlamento do Mercosul e Eduardo Braga virou líder do governo. Também cobrou a "fatura" pela blindagem que ofereceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na naufragada CPI do Cachoeira.
Denúncias – O arsenal de denúncias contra Renan Calheiros, que motivou seu afastamento do cargo de presidente do Senado em 2007, foi revitalizado com a proximidade das eleições para a presidência da Casa. Em 2007, VEJA revelou que o senador se valia do lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, para pagar a pensão alimentícia da filha que teve com a jornalista Mônica Veloso. Em sua defesa, Renan argumentou que tinha obtido lucro espantoso com a venda de gado. As investigações, entretanto, concluíram que as notas fiscais apresentadas eram falsas.