Abuso de poder? Policial militar é acusado de agredir motorista de ônibus
Vítima tentou ajudar a retirar destroços do carro do PM, após acidente, e acabou espancado
A grande faixa que atravessa de um lado a outro a testa da vítima na foto logo abaixo esconde um grande corte provocado por chutes dados em sequência, sem perdão. Essa imagem, resultado da brutalidade de um agressor, causa mais espanto quando se sabe quem cometeu tamanha violência: um policial milita
Fotos: divulgação / família
A
vítima não tem passado criminoso. Pelo contrário: pai de família,
evangélico, trabalhador, havia acordado quatro horas da manhã para
iniciar, como é feito todos os dias, a tarefa de buyscar funcionários de
uma empresa do pólo industrial de Camaçari.
Paulo Rogério Dórea Santos tem 33 anos, e estava se dirigindo ao
ônibus que dirige e faz transporte de trabalhadores quando viu um
acidente: um gol havia acertado o canteiro central e se despedaçou. Uma
das rodas do veículo caiu na pista marginal de acesso à Avenida
Paralela, no bairro do Trobogy.Preocupado, Paulo foi pegar a roda para colocá-la na calçada: naquele momento, aquele trabalhador estava preocupado em evitar um novo acidente, que aquele objeto poderia provocar. Começava ali os momentos de terror e violência, descritos pelo colega da vítima, que havia deixado momentos antes o local, após dar carona.
“o policial saiu do carro com a arma na mão gritando com meu colega. Paulo tentou explicar que só estava pegando a roda para evitar um novo acidente, mas o policial estava fora de si. Começou a dizer que meu colega tinha aberto a porta para roubar o som, e começou a dar coronhadas na cabeça e chutá-lo na cara”, afirma a testemunha, que pediu para não se identificar.
A irmã de Paulo, que foi ao local para prestar socorro, lembra de outro detalhe ainda mais assustador: “Ele (o policial) estava acompanhado pela suposta namorada, que estava fardada, mas não fez nada para evitar a agressão”.