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SEM NUDES 'Playboy' anuncia que não irá publicar mais fotos de mulheres nuas


A revista "Playboy" anunciou nesta terça-feira (13) que não irá publicar mais fotos de mulheres completamente nuas a partir de março de 2016. Famosa em todo o mundo por publicar ensaios femininos, a decisão de reformulação da publicação de 62 anos foi tomada devido à acirrada concorrência de sites pornográficos.

 

"Agora você está a um clique de distância de qualquer ato imaginável de sexo, de graça. E a publicação de nudez está cada vez mais ultrapassada", afirmou Scott Flanders, principal executivo da empresa, em entrevista ao jornal "New York Times". 

 

No entanto, o diretor de conteúdo da "Playboy" garantiu que a revista continuará a publicar fotos de mulheres em poses provocantes. "Não me entenda mal. Meu eu de 12 anos está muito desapontado com meu eu atual. Mas essa é a coisa certa a se fazer. Um pouco mais acessível, um pouco mais intimista", comentou Cory Jones. Ele explicou que a "playmate" do mês será mantida, mas que eles pretendem adaptar todo conteúdo para ser visto por um público de 13 anos ou mais. 

Menos nudes, mais acessos



Apesar da mudança drástica, a empresa diz que vem fazendo experimentos bem sucedidos com esse novo público. Em agosto do ano passado, a "Playboy" parou de publicar nudez explícita no site oficial da revista nos EUA para conseguir chegar em plataformas de mídia social como Facebook e Twitter. Os acessos passaram de 4 milhões para cerca de 16 milhões e, além do tráfego, a idade média dos leitores passou dos 47 para 30 anos. 

 

Agora a edição impressa seguirá passos semelhantes, com fotos provocativas, como se fosse um "Instagram mais picante", segundo define o "New York Times". Ainda não foi confirmado se a mudança editorial valerá para todas as revistas publicadas em diferentes países, como o Brasil, com o nome "Playboy".

 

Criada por Hugh Hefner em 1953, com uma capa particularmente sexy de Marilyn Monroe, os números atuais das vendas mostram que a "Playboy" realmente perdeu relevância após a popularização da internet. Da circulação de 5,6 milhões da edição norte-americana da revista, em 1975, esse número hoje não passa dos 800 mil. Segundo Jones, a decisão pode evitar um prejuízo anual de US$ 3 milhões e até mesmo salvar a companhia da falência.

OTEMPO